02 julho 2018

66. OS DOIS CELEIROS


Conta-se que dois rapazes moravam na mesma fazenda quando o pai deles faleceu. Um que era solteiro, ficou morando na casa do pai, e o outro, casado, morava numa casa ao lado. Eles tinham uma grande plantação de arroz e um celeiro em comum. Combinaram então de continuar trabalhando juntos, porém, em dividir tudo. Colheram grande quantidade de arroz, metade para um e metade para o outro, e assim decidiram em construir dois celeiros.
Na safra seguinte novamente fizeram uma boa colheita, estavam com os depósitos cheios.
Um dia, no final da tarde, o irmão solteiro começou a achar que aquela divisão não estava certa. Pensava: “Eu sou solteiro e meu irmão é casado, tem mulher e filhos. Ele precisa de mais arroz do que eu, pois eu estou sozinho”. À noite, ele se levantou, foi ao celeiro, pegou uma saca de arroz, e escondido, a colocou no celeiro do irmão.
O irmão casado ao acordar na manhã seguinte também começou a pensar: “Essa divisão não está justa, sou casado, tenho mulher e filhos. E eles vão crescer e poderão me ajudar. Mas meu irmão, ele está sozinho. E se ele não casar, não vai ter ninguém para ajudá-lo. O certo é ele ganhar uma parte a mais do que eu”. Levantou-se, foi ao celeiro, pegou uma saca de arroz e, escondido, a colocou no celeiro do irmão.
E assim foram vivendo. A cada colheita, um levava uma parte a mais para o outro. Só não entendiam porque o estoque não diminuía, sempre ficava a mesma quantidade para cada um.
Uma noite, porém, os dois irmãos se encontraram bem no meio do caminho entre os dois celeiros, cada um com uma saca de arroz nas costas. Um olhou para o outro, colocaram o arroz no chão e se abraçaram.
A partir daquele dia guardaram todas as suas colheitas num único celeiro.
O que esta história nos ensina?
Faz bem a partilha dos nossos dons, dos nossos talentos, enfim, a partilha do que somos e temos. Para quem pensa só em si o que acontece? É preciso fazer com que o bem frutifique e se multiplique através do nosso jeito de ser, de nossas próprias atitudes.

ATIVIDADES:
1. Assinalar palavras importantes do texto e dialogar sobre o significado das mesmas.
2. Como você escreveria ou contaria esta história?
3. Criar uma ilustração (recorte de figuras ou desenhos) sobre a história dos dois celeiros.


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