22 março 2018

62. O poder das palavras para construir ou destruir


As palavras têm força própria; podem representar a luz que espanta as trevas, como também pode ser uma arma de efeitos bélicos terríveis. Tudo depende da forma como ela é manifestada, tanto na fala como na escrita, e é por isso que todos deveriam refletir mais sobre a responsabilidade que assumem ao fazer uso delas.
O Modo de dizer
Além do conteúdo das palavras, existe a forma de como elas são ditas. Muitas vezes queremos falar uma coisa, mas a nossa expressão acaba dando outra conotação. Somos responsáveis não só pelo que falamos, mas também por nos fazer entender da melhor forma possível. A linguagem dirige os pensamentos e cria imagens específicas que tendem a se tornar realidade; potencializando ou limitando as possibilidades.
O pensamento positivo pode vir naturalmente para alguns, mas também pode ser aprendido e cultivado, mude seus pensamentos e você mudará seu mundo”. Norman Vincent Peale.
Assim toda a habilidade ao usar a linguagem é importante. Algumas dicas simples podem ajudar muito no uso de tão poderosa ferramenta de comunicação:
- Elimine palavras negativas do seu vocabulário; não diga "eu tentei", "eu deveria", "se eu fosse", "eu vou fazer quando puder", etc. Afirme de forma positiva: “eu faço”, “eu entendi”, “é a minha busca”.
- Procure sentir se a maneira de transmitir a sua mensagem soa bem, se é agradável.
- Use de clareza; é importante optar por vocábulos singelos e de fácil entendimento, demonstrando coerência e discernimento.
O momento certo
Precisamos expandir nossa atenção além da palavra certa para o momento em que ela é dita. Para surtir efeito a palavra certa deve estar adequada ao contexto. A mesma mensagem pode ter entonação contrária se transmitida em instantes diferentes, assim, mesmo com boa intenção podemos gerar embaraços. No sentido de usar a nossa mensagem com efeito positivo para quem nos ouve ou lê alguns cuidados são importantes:
- Observe se o contexto é propício para a sua mensagem; em muitas situações o silêncio diz mais do que um texto inteiro.
- Haverá um tempo certo para a sua mensagem; a ansiedade pode distorcer suas palavras.
- Boas palavras só farão eco quando representarem autenticidade de quem as pronuncia.

No uso da palavra para fazer a diferença e auxiliar alguém, vale refletir na mensagem do escritor Antonio Marcos Pires, autor do livro Mensagens Positivas: “Aponte o caminho com a sabedoria de quem tem na ponta da língua a palavra certa, no momento certo!”

ATIVIDADE:
1. Assinalar no texto as palavras que considera importantes para você e dizer o porque...
2. Fazer uma lista de palavras que fazem bem serem ditas: a) em casa; b) na escola; c) na rua...
3. Eleger palavras construtivas para serem lembradas e ditas por todos cada dia em sala de aula...
4. Escrever de forma criativa nos ambientes da sala de aula e escola as palavras escolhidas..


12 março 2018

61. A CAMPANHA DA FRATERNIDADE 2018. Fraternidade e superação da Violência.


Tema: “Fraternidade e superação da violência
Lema: “Vós sois todos irmãos (Mt. 23,8).


A violência é um mal, é inaceitável como solução para os problemas, não é digna do ser humano. A violência é mentira que se opõe à verdade de nossa humanidade. A violência destrói o que ambiciona defender: a dignidade, a vida, a liberdade dos seres humanos”.

Objetivo Geral da campanha da Fraternidade 2018: “Constituir a fraternidade, promovendo a cultura da paz, da reconciliação e da justiça, à luz da Palavra de Deus, como caminho de superação da violência”.

Objetivos Específicos:
1) Anunciar a Boa-Nova da fraternidade e da paz, estimulando ações concretas que expressem a conversão e a reconciliação;
2) Analisar as múltiplas formas de violência, especialmente as provocadas pelo tráfico de drogas considerando suas causas e consequências na sociedade brasileira;
3) Identificar o alcance da violência, nas realidades urbana e rural de nosso país, propondo caminhos de superação, a partir do diálogo, da misericórdia e da justiça, em sintonia com o Ensino Social da Igreja;
4) Valorizar a família e a escola como espaços de convivência fraterna, de educação para a paz e de testemunho do amor e do perdão;
5) Identificar, acompanhar e reivindicar políticas públicas para superação da desigualdade social e da violência;
6) Estimular as comunidades cristãs, pastorais, associações religiosas e movimentos eclesiais ao compromisso com ações que levem à superação da violência;
7) Apoiar os centros de direitos humanos, comissões de justiça e paz, conselhos paritários de direitos e organizações da sociedade civil que trabalham para a superação da violência.

A Campanha usa o método conhecido de “VER, JULGAR e AGIR” para analisar a situação da violência no Brasil.
A parte titulada “VER” apresenta três subdivisões:
I) As múltiplas formas da violência;
II) A violência como sistema no Brasil;
III) As vítimas da violência no Brasil contemporâneo. O texto-base da Campanha da Fraterndiade cita os tipos de violência sofridos pelas vítimas no Brasil contemporâneo: A lista é longa: Violência racial, doméstica, religiosa, no trânsito, contra jovens e mulheres, violência sexual e tráfico humano, violência e narcotráfico, violência policial, violência contra os trabalhadores rurais e contra os povos tradicionais etc.

O texto intitulado “JULGAR” apresenta a fundamentação religiosa para evitar a violência. A violência é um tema abundante na Sagrada Escritura especialmente no Antigo Testamento. Porém, é no Novo Testamento que Jesus anuncia o evangelho da reconciliação e da paz. O centro do Novo Testamento é Jesus que é por excelência uma pessoa não violenta. Por isso, não se encontra nenhum tipo de incentivo à violência em suas páginas. Fiel à mensagem de paz e reconciliação de Jesus a Igreja oferece sua colaboração para a superação da violência, como partilha de sua experiência e de sua fé.

No texto intitulado “AGIR” encontramos ações para a superação da violência. “A superação da violência nasce da relação com o outro. O primeiro lugar onde o ser humano aprende a se relacionar é na família”, portanto sua importância na luta contra a violência. A CF2018 propõe a construção e a promoção de uma cultura da paz.

Apresenta pistas e áreas concretas que precisam ser reexaminadas para atingir esta meta:
1) O Estatuto da Criança e do Adolescente;
2) A violência doméstica e a Lei Maria da Penha;
3) Os Direitos Humanos;
4) A superação da violência gerada pela exploração sexual pelo tráfico humano;
5) Violência e juventude;
6) O racismo e a superação da violência;
7) A superação da violência no campo;
8) A superação da violência fruto do narcotráfico;
9) O Estatuto do Desarmamento;
10) A violência religiosa;
11) A violência política;
12) A violência no trânsito;
13) A Defensoria pública.

ATIVIDADES SUGERIDAS:

1) Identificar ações concretas (na família, na escola, na cidade) de construção da paz e superação da violência.
2) Pesquisar e dialogar sobre a letra de músicas, textos breves ligados ao tema da promoção da paz e da fraternidade. Apresentar de forma criativa e dramatizada cada texto.